sexta-feira, 22 de novembro de 2013

No Caminho de Palmares Construindo o Poder Popular

Pelo Coletivo Minervino de Oliveira
novembro de 2013


Não é novidade que o fim oficial da escravidão no Brasil não significou o fim da exploração do trabalho, pelo contrário a tornou mais ampla na sociedade em benefício daqueles que detêm indústrias, bancos, e as empresas de produção agrícola e em prejuízo dos que vendem por salários sua capacidade de trabalho para sobreviver. A abolição no Brasil, além de atrasada em relação a outros países, aconteceu na medida dos interesses da classe que exerce o poder político e econômico no país e colocou negros e negras fora dos principais setores da produção econômica, nas condições mais precárias de trabalho e de vida.

Não é por acaso que de tempos em tempos pesquisas se repetem, apenas confirmando que para a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras afrodescendentes são reservadas as atividades de menores salários e que mesmo entre trabalhadores de mesmo nível de escolaridade a diferença na remuneração não reduz, e por vezes até aumenta.

São piores para a população negra as condições de acesso a saúde, educação, habitação e demais direitos sociais que são negados para o conjunto dos trabalhadores.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Dia da caça, dia do caçador

Joycemar Tejo, membro do
Comitê Estadual do PCB- RJ
(originariamente para o Platitudes banais)
31/ 10/ 2013

Uma coisa deve ser dita: COM CERTEZA, mas com absoluta certeza, o coronel da PM paulista agredido na manifestação de massas do dia 25/ 10 (aqui) fez, ao longo de sua carreira policial, a MESMA coisa com muita gente. Principalmente, podemos dizer, e também com certeza, contra jovens negros proletários das periferias. E, ainda por cima, com o amparo do Estado burguês, do qual é o braço armado.

Provou do próprio veneno.

Mas suponhamos que o coronel Rossi seja um policial militar exemplar, que jamais em toda sua trajetória abusou de sua autoridade contra a população pobre. Ainda assim há que perguntar o porquê de ter sido quase linchado. Não é por ser apenas um agente estatal. Os manifestantes não fariam isso com, por exemplo, os professores da rede pública; ao contrário, aqui no Rio de Janeiro os setores mais radicalizados, os "vândalos" da Rede Globo, cantavam "o professor é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo". Não fariam isso com a Defensoria Pública, por exemplo, e o prédio do Tribunal de Justiça, aqui no Centro do Rio, apesar de estar no trajeto rumo à Alerj, tem passado incólume durante as manifestações. A Polícia, não; a Polícia é odiada. Todos querem a chance de dar um chute, uma porrada, uma pedrada na Polícia. Desperta o ódio instintivo- e é um ódio merecido. A juventude negra proletária da periferia pode confirmar isso.

É preciso ter algumas coisas em mente. A polícia é o cão de guarda do sistema, e não basta trocá-la por outra; o sistema arranjará novos guarda-costas. O verdadeiro inimigo, pois, é o sistema, e não seus paus-mandados (os policiais infiltrados nas assembleias dos professores da rede pública têm sido enxotados aos gritos de "cachorrinhos do Cabral"). Nesse sentido, como marxistas, somos contra o terrorismo individual. Porque a "conta que nos deve pagar o sistema capitalista é demasiado elevada para ser apresentada a um funcionário chamado ministro", ou, aqui, a um coronel da PM.

Não adianta muito, portanto, agredir um coronel da PM. Mas, ao contrário de Dilma (aqui), a mesma Dilma que convoca a Força Nacional para garantir o criminoso leilão do Campo de Libra, não temos nenhuma solidariedade para com o coronel Rossi. Muito pelo contrário, a nossa solidariedade é para com a juventude negra proletária da periferia, as vítimas do sistema que o coronel Rossi e sua polícia representam.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O PCB-RJ repudia as acusações sofridas em Campos

Pela Comissão Política Estadual
29/ 10/ 2913

Repudiamos as acusações do vereador Paulo Hirano, líder do Partido da República (PR), na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, em relação a nossa camarada Graciete Santana, militante do Partido Comunista Brasileiro no referido município.

Ressaltamos que a acusação, caluniosa, de crime, atribuídas pelo citado edil, a nossa camarada, pelo fato da mesma manifestar sua discordância em relação ao SAERJ e à Prova Brasil, demonstram que este cidadão não apenas desconhece as discussões que permeiam toda sociedade brasileira na busca por uma educação de qualidade, como também ignora a luta de toda uma categoria, os profissionais da Educação, no sentido de dialogar com a população, apontando caminhos para alcançar uma educação pública que emancipe a classe trabalhadora.

O SAERJ e a Prova Brasil fazem parte da mesma lógica pedagógica implementada pelos governos de Sérgio Cabral (PMDB) e Dilma (PT), e visam tão somente aferir dados estatísticos com o objetivo de adequar procedimentos pedagógicos à lógica do capital e não à da classe trabalhadora. Aliás, a defesa do citado vereador a essa lógica poderia causar estranheza, por ser implementada pelos governos de Cabral e Dilma, adversários políticos do seu líder Garotinho, o que demonstra na realidade a farsa dessa suposta oposição pois todos comungam do mesmo interesse: a defesa do capital, pois são gerentes de uma mesma causa que se contrapõe aos trabalhadores.

A camarada Graciete, brava militante do nosso Partido, não só traduziu a nossa linha política de combate ao capitalismo como também traduziu a construção da luta dos profissionais da Educação, através de seu sindicato, o SEPE, onde como educadora está inserida, no sentido de organizar a categoria nas ações deliberadas em assembleias do sindicato, nesse momento refletida na recusa em participar dos instrumentos de avaliação externa, como o SAERJ e a Prova Brasil.

Repudiamos a tentativa de criminalização do movimento social organizado, a fascistização do fazer político, com a invasão da privacidade e manipulação da opinião pública contra aqueles que lutam por uma sociedade mais justa.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Declaração do PCB-RJ sobre a repressão estatal no Rio de Janeiro

Pela Comissão Política Estadual
25/ 10/ 13

As manifestações de rua, apesar dos vaticínios dos pessimistas, têm mantido sua constância, e de forma mais qualificada após o oba-oba geral que tomou as ruas no mês de junho. Passada a euforia, continuaram nas ruas quem sempre esteve: os partidos de esquerda e os movimentos sociais, como vanguarda organizada das massas. As manifestações têm se sucedido rapidamente, evidenciando a agudização da luta de classes no Brasil e, em especial, no Rio de Janeiro: atos de repúdio à ditadura empresarial-militar de 64 e pela transformação do antigo DOI-Codi em centro histórico para verdade, memória e, principalmente, justiça; atos de solidariedade aos profissionais da educação, vilipendiados pelas nefastas políticas de Sérgio Cabral e Eduardo Paes; atos contra o criminoso leilão do campo de Libra, entregue a preço de banana, pelo governo Dilma, ao capital estrangeiro; dentre outras lutas relevantes, às quais a militância se entrega com fervor.

Enquanto as manifestações de massa mostram sua força, de outro lado, o aparato repressivo do Estado também recrudesce sua sanha assassina. Todo o instrumental de segurança "pública" do governador Sérgio Cabral volta suas baterias contra os manifestantes, em um festival de desrespeito a garantias e direitos fundamentais que só encontra paralelo na já citada ditadura empresarial-militar de 64. São bombas de gás -em concentração maior do que a permitida pelos organismos internacionais, conforme denúncias, e mesmo além do prazo de validade- disparadas a torto e a direito, sem critério, apenas pela vil intenção de aterrorizar a população. Cassetetes e bordoadas distribuídas contra tudo e todos, inclusive profissionais da imprensa e advogados, pelo facínora Batalhão de Choque. Banhos de spray de pimenta sobre as pessoas. Prisões feitas sem a menor acusação formal, bastando apenas "estar" na manifestação para ser encaminhado à delegacia, como se "ser manifestante" fosse crime previsto no Código Penal. Como se não bastasse, a PM não informa a qual delegacia está encaminhando o "suspeito", nem mesmo se instada por advogado; ao invés de respeitar o critério de atribuição territorial das delegacias, roda pela cidade com os detidos, no intuito deliberado de causar terror psicológico, para entregá-los em qualquer delegacia a quilômetros de suas residências. Isso tudo realizado por policiais militares "sem nome", identificados apenas por números e letras.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Precisamos do Poder Popular, precisamos do socialismo

Paulo Oliveira e Heitor Cesar Oliveira
membros do Comitê Estadual do PCB-RJ

O ex-presidente Lula foi festejado por Delfim Neto, como aquele político que teria salvo o capitalismo no Brasil. A manchete de O Globo, no sábado 19, confirma tal assertiva: "Lula condena máscaras e depredação em protestos". Para petista, só pela política é possível resolver problemas, e o restante se assemelha ao nazismo, diz Lula. No Rio, afirmou: "Nunca coloquei uma máscara, porque nunca tive vergonha do que fiz". Em São Paulo, voltou ao tema: "Fiz as maiores passeatas e nunca quebramos nada. Temos que respeitar o patrimônio dos outros". Ainda no Rio, defendeu a política e disse que, fora disso, é fascismo, nazismo ou ditadura.

Como resposta, somente a defesa intransigente do socialismo, somente a condenação, sem tergiversações, do capitalismo, somente a denúncia da barbárie que assola o país, e em particular, esta vitrine montada pela burguesia internacional e nacional no Rio de Janeiro. A Lula, somente lhe desejar o túmulo frio em que se encontra seu partido e o capitalismo. Morreram, somente falta marcar a data do enterro.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Nota Política do PCB-RJ sobre os acontecimentos no leilão do Campo de Libra

Pela Comissão Política Estadual
23/ 10/ 13


Nas ruas e nas lutas nos sentimos em casa-  Contra o leilão da Bacia de Libra e contra a criminalização dos que lutam!

As mobilizações contra o Leilão da Bacia de Libra não se resumiram a um único ato. As mobilizações somaram semanas, envolvendo acampamentos de movimentos sociais tais como o MST, greve de Petroleiros, apoio de Profissionais da Educação em suas manifestações e de diversas categorias e diversos movimentos.

Ingredientes a mais se somaram, tais como a autorização por parte de Dilma para a presença de militares no esquema de segurança e na repressão contra movimentos sociais. Além do Exército, Dilma autorizou a presença de reforços da Força Nacional de Segurança num enorme esquema de segurança para blindar e proteger das manifestações a privatização do Campo de Libra, reserva do pré-sal brasileiro. A forte presença de aparatos da repressão e a brutalidade e violência desses instrumentos de força foram colocadas contra a população, contra os trabalhadores e diversos movimentos que manifestavam de forma pacifica contra o leilão.

O ataque e o inicio do confronto partiram das forças de segurança do Estado, que avançaram com o claro intuito de dispersar a manifestação, avançando contra os manifestantes e deflagrando assim o confronto de resistência por parte dos mesmos, que em condições desfavoráveis enfrentaram as várias tentativas de dispersão por parte dos instrumentos de violência física do Estado.

Os manifestantes buscaram resistir, enfrentando a forte ofensiva por parte do Estado a serviço dos interesses privados, tendo várias pessoas saído feridas. Em verdade, desde o início do ato desenhava-se esse cenário, quando a forte repressão buscava de todas as formas impedir a realização da manifestação e dos protestos, com a criação de diversos obstáculos, desde dificultando a locomoção até a tentativa de impedir a presença do carro de som. A resistência foi feita por Partidos tais como o PCB, o PCO, PCR, PSTU, pelo Sindicato dos Petroleiros e pela Campanha "O Petróleo Tem Que Ser Nosso", que envolve diversos movimentos sociais, tais como o MST, FIST e outros, além da presença de militantes do movimento estudantil e de diversos movimentos, táticas e grupos que denunciam e enfrentam as politicas do governo Dilma, Cabral e Paes, tais como os Black Blocs.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O Estado Policial mostra suas garras

Joycemar Tejo, membro do
Comitê Regional do PCB- RJ
(originariamente para o Diário Liberdade)
12/ 09/ 2013

Tenho apontado aqui no Diário Liberdade o evidente descompasso entre a teoria constitucional e a realidade cotidiana. Direitos fundamentais que são desprezados, princípios jogados na lata de lixo e assim por diante. As polianas podem considerar exagerado, mas o recrudescimento da sanha punitiva do Estado cresce a olhos vistos. Temos novo exemplo disso na prisão -preventiva!- dos administradores da página dos Black Blocs no Facebook (1). Reparem, "preventiva". É uma prisão de exceção: o sujeito não foi condenado criminalmente. Por ser excepcional, deve ser usada com o máximo de cautela possível, caso contrário se estará violando o princípio constitucional da não-culpabilidade (2). Qual é a acusação aqui? Formação de quadrilha armada. As armas, no caso, "artefatos perfurantes" encontrados na residência dos sujeitos. Perigosíssimo: alguém pode furar o dedo, afinal. Levando em conta a inconsistência da acusação, salta aos olhos o caráter político da repressão.

Não se trata de endossar o método dos Black Blocs. O capitalismo não cairá graças a uma pedrada na vidraça de um banco qualquer. A revolta é legítima, mas, se não for bem direcionada, se esgota em si mesma, podendo chegar às raias do martírio (que fica bem em religiosos, mas não em revolucionários), em face da discutível utilidade do confronto direto, diante de forças de repressão armadas e treinadas (3). Coisa diferente é a autodefesa, imprescindível nas manifestações de rua (4). O que precisamos é de um longo, e paciente, trabalho junto às massas; não há soluções imediatas para o capitalismo. Sobretudo é fundamental organização, e quando o Black Bloc ecoa o "sem partido!", adquire caráter despolitizador e deseducador.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Acerca da fraudulenta tentativa de fazer um político preso se passar por preso político

Gustavo Marun
diretor da Casa da América Latina
e membro do PCB-RJ
setembro de 2013

Em países como a Venezuela e a Bolívia, onde o poder popular está sendo aprofundado a cada dia, políticos, assim como quaisquer cidadãos, vão presos. É algo louvável e deixa envergonhado o Brasil, que costuma prender inocentes pobres e deixar livres banqueiros, juízes, magnatas e políticos criminosos.

O caso do senador boliviano Roger Pinto Molina é emblemático. A despeito de seu poder e influência, foi devidamente processado e condenado, em consequência de diversas  acusações, que vão desde venda irregular de terras públicas, passando por remessa ilegal de fundos públicos, favorecimento de bingos e cassinos irregulares, até assassinato, sendo apontado como um dos responsáveis pelo massacre de camponeses de Pando, em 2008 (*).

Mas eis que a impunidade corriqueira, movida por identidade de classe dos senhores do Brasil, ousou extravasar nossas fronteiras, num golpe contra o direito e a diplomacia internacionais.

A ação orquestrada pela poderosa direita daqui foi capaz de fazer de um diplomata um mero subalterno, pondo a serviço dessa aventura de conivência com o crime inclusive forças regulares do Brasil.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Grito dos Excluídos 2013- Juventude que ousa lutar constrói o Poder Popular!


Pela Comissão Política Regional
setembro de 2013

Mais uma edição do Grito dos Excluídos ocorre no Brasil, contudo, enriquecida por uma conjuntura que lhe atribuiu uma maior envergadura. Uma envergadura de articular um conjunto de lutas e pautas que foram potencializadas pelas grandes manifestações de Junho e Julho desse ano.

A 19ª Edição do Grito possuiu como pauta central as demandas da juventude no contexto de exclusões sociais, tendo como eixo “Juventude Que Ousa Lutar Constrói o Poder Popular” (*).

As Mobilizações organizadas no entorno do Grito de 2013 trabalharam e buscaram envolver a juventude excluída das universidades e escolas, mas também dialogando com as que estão nesses espaços sofrendo com a ofensiva dos projetos educacionais do governo que sucateiam e ataca a educação pública, a juventude excluída do mercado de trabalho, exterminada de todas as formas possíveis, tanto culturalmente, ideologicamente como fisicamente com militarização da vida e o aumento da repressão policial.

Trabalhando com bandeiras como: direito ao transporte público e a tarifa zero; contra a violência do Estado e pela desmilitarização da Polícia; não à criminalização da juventude e não à redução da maioridade penal; não ao recolhimento compulsório; pelo direito a moradia e pelo direito a terra; pelo direito a saúde e educação pública e de qualidade, pelo fim do monopólio da informação e pela democratização da mídia; pelo fim da violência contra a mulher e contra a homofobia; pelo fim dos leilões do petróleo; anulação da concessão do maracanã e contra a privatização do lazer e da cultura; pela auditória das obras da copa do mundo; pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial; pela construção do Poder Popular e se somando às lutas de “Cadê o Amarildo?” e do “Fora Cabral!”.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A saúde no Brasil, os médicos brasileiros e os médicos cubanos

Pela Comissão Política Regional
02/ 09/ 2013

Foi publicada, na página eletrônica do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, entre outras matérias contrárias à vinda dos médicos cubanos e de outras nacionalidades para trabalhar em municípios do interior e na periferia de grandes cidades, dentro do programa Mais Médicos, do governo federal, um artigo, publicado na revista Veja e assinado por Reinaldo Azevedo, cujo título é “Os 4 mil escravos de jaleco do Partido Comunista Cubano vão custas R$ 40 milhões ao Brasil”.  A página divulga, ainda outras matérias contrárias à medida, com acusações semelhantes.

 A questão da vinda de médicos estrangeiros vem suscitando uma grande polêmica por todo o país. Entre aqueles que vêm criticando a medida e, destacadamente, o contingente cubano, estão, claramente, os segmentos mais reacionários da sociedade brasileira, bem representados na Veja, que não se avexam em ressuscitar velhos jargões mentirosos, anticomunistas, muito usadas no período da guerra fria para criar, junto à população, uma imagem fantasiosamente negativa sobre a realidade do Socialismo então existente na URSS e em outros países, como as afirmações de que se trata de trabalho escravo (imaginem escravos estudando medicina), de que a vinda dos cubanos tem, como objetivo, a propaganda política dos governos cubano e brasileiro para os segmentos mais desfavorecidos do povo brasileiro, de que as médicas cubanas pareciam empregadas domésticas e outras do mesmo quilate.

É amplamente reconhecido, mesmo por aqueles que não simpatizam com o Socialismo, que Cuba superou a fome, o desemprego, a miséria e a falta de condições sanitárias que caracterizavam o país antes da revolução. É igualmente sabido que Cuba dispõe de um excelente sistema educacional, universal até o ensino médio, que apresenta uma taxa de analfabetismo próxima de zero. Sabe-se também que o país tem um sistema de saúde extremamente desenvolvido, universal e gratuito, que não apenas resolveu os problemas básicos da sua população, como as verminoses, a tuberculose e outras doenças associadas à pobreza, mas também oferece tratamento para casos de alta complexidade, exporta medicamentos e tecnologias de saúde avançadas. Cuba forma muitos médicos, sua medicina prioriza os aspectos preventivos, constrói a saúde pública e não vive de vender a cura para doenças como fazem os grandes laboratórios e as clínicas privadas.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

DOI-CODI: Memória e Verdade, mas principalmente Justiça


Pela Comissão Política Regional
21/ 08/ 2013

No dia 21/ 08, membros da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro foram barrados no 1º Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca, quando tentavam percorrer as instalações do local. Como se sabe, lá funcionou o famigerado DOI-CODI, Destacamento de Operações de Informações- Centro de Operações de Defesa Interna, antro de carniceiros na época da ditadura empresarial-militar que assolou o País entre 64 e 85. Tal visita, apesar de também formalizada pelo Ministério Público Federal, foi negada pelo Comando Militar do Leste sob o pretexto de, por ser área federal, não estar submetida a uma comissão estadual.

A caserna parece estar, como se vê, ainda contaminada pela mentalidade dos "anos de chumbo", em que autoritarismo e falta de transparência caminhavam de mãos dadas. Ao negar o ingresso de uma comissão instituída para apurar crimes da ditadura, o Comando Militar do Leste acaba por demonstrar sua cumplicidade.

O PCB-RJ apoia a Comissão Estadual da Verdade, apesar de suas limitações evidentes, dentre as quais o atrelamento ao governo federal. Deixamos claro que não basta que se apure a "verdade" dos fatos da época, nem tampouco apenas o registro de sua "memória", mas também a "justiça"- para que sejam punidos os criminosos daquele período sombrio da história do Brasil. O PCB-RJ denuncia, também, que o arbítrio continua mesmo em tempos de normalidade "democrática", e o desaparecimento cotidiano de novos Amarildos, alvos de uma polícia militarizada e fascista, é prova disso.

As forças progressistas não se intimidam, e nem tolerarão que o véu de impunidade se mantenha por mais tempo. Com o poder popular, os portões das masmorras se abrirão.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Uma educação para além do capital

Pela Base SEPE/ SINPRO do PCB-RJ
Agosto de 2013

No mês de junho, as manifestações populares ocuparam as ruas de 438 cidades do país. Por volta de 2 milhões de brasileiros protestaram contra as condições de vida insuportáveis. A questão que desencadeou todo o movimento, "a fagulha que incendiou toda a pradaria", foi o aumento das passagens dos transportes urbanos. Entretanto, um sem-número de outras pautas e reivindicações se incorporaram às passeatas. A revolta contra a precariedade da educação, da saúde e dos transportes públicos; a indignação contra o sistema político-eleitoral e a farra com o dinheiro nas mãos dos governantes; a brutalidade das polícias militares, em especial nas favelas; os gastos na ordem de bilhões de reais com construções e reformas de estádios de futebol "com padrão Fifa". Não restam dúvidas, eles assumiram os golpes desferidos pela população. A imprensa mudou a forma de noticiar as marchas– se antes criminalizavam, passaram a aplaudir; suspendeu-se o aumento das tarifas em várias cidades; os índices de popularidade de vários governantes das três esferas (federal, estaduais e municipais) despencaram; e o Poder Legislativo passou a atuar pressionado. Todos os políticos, a partir de agora, pensarão duas vezes antes de tomar qualquer medida antipopular. Foram muitas vitórias. E ainda há muitas a conquistar!

O QUE CABE AOS EDUCADORES

Neste momento, a nossa principal tarefa é trazer as pautas das manifestações que tocam a educação para o debate nas greves, nas comunidades escolares, conversar com os nossos colegas, estudantes e também os pais. Em todas as passeatas, havia muitos estudantes das escolas públicas e particulares. Assim, o momento não poderia ser mais apropriado para discutir todas as mazelas da educação e da sociedade com eles. Devemos travar com a comunidade escolar um amplo diálogo e perguntar: o que poderia ser diferente? Que escolas e universidades queremos? As lutas populares são pedagógicas, elas também educam. O recuo dos governantes nas tarifas dos ônibus não poderia ser uma aula melhor sobre como somente os trabalhadores organizados são capazes de transformar profundamente uma sociedade, vide os exemplos históricos espalhados por todo o mundo.

Nota do PCB-RJ sobre a greve na rede pública de educação

Pela Comissão Política Regional
20/ 08/ 2013

O Rio de Janeiro presencia mais uma greve dos profissionais de educação das redes estadual e municipal. Defendemos incondicionalmente a luta da categoria. Não é segredo que a educação nas escola públicas, em nosso Estado, vai de mau a pior, num processo inaudito de sucateamento, bem como com a subordinação, cada vez maior, à lógica privatista. É um cenário tão desalentador que, fugindo de seu cinismo habitual, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, num arroubo raro de sinceridade admitiu, em entrevista, que não matricularia os filhos em escola pública "por ter dinheiro para pagar uma escola particular"(*).

Pois bem, enquanto a prole do prefeito e do governador tem acesso a boas escolas, as melhores que o dinheiro pode pagar, os filhos da classe trabalhadora em nosso Estado penam com péssimas condições de ensino e escolas caindo aos pedaços, em um sistema que não possui o menor interesse em emancipar o indivíduo. Os profissionais da educação, por sua vez, humilhados reiteradamente por esse mesmo sistema, padecem com o assédio moral diário e com salários muito aquém da dignidade da função.

Somamos forças à combativa categoria dos profissionais de educação, pois, na busca por uma educação pública de qualidade, que rompa o véu de alienação do capital, em que alunos e professores recebam o respeito que merecem.

*

(*) Entrevista concedida a Ricardo Boechat, na BandNews FM, em 16/ 08/ 13.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Black Blocs e o apego aos símbolos

Pedro Correia, estudante e militante da UJC-RJ

Enquanto milhares decidiram ir para as ruas levantar suas causas de luta em cartazes, gritos, palavras de ordem e discursos, outros decidiram ir para as ruas levar tudo isso condensado em um símbolo: a ação direta violenta. Não é de hoje que é possível perceber a dificuldade da articulação entre setores populares e o Estado, esta que fica resumida ao pedido do voto e na confiança que, elegendo o representante x ou y será possível a mudança. Enquanto políticos se apresentam como representantes e salvadores, alguns grupos se apresentam como defensores do povo. Mas salvar de quê, e defender do quê?

Podemos observar por detrás das notícias dos grandes meios de comunicação que o mundo não vai bem. Apesar do luxo difundido nas novelas grande parte da população ainda vive em condições miseráveis, sem acesso aos meios de consumo necessários para manter uma vida digna. Além disso, moradores de favela tem de conviver diariamente ora com a opressão do tráfico, ora com a opressão policial, isso quando não acontece pior, e estas duas se condensam em modelos de pacificação belicistas.

O grande foco das manifestações da atual conjuntura brasileira é o Rio de Janeiro. Jogos Olímpicos e Copa do Mundo são um bom pretexto. Existe algo como o esporte para reunir todas as classes em torno de um único objetivo? Acho que não. O problema de tudo isso começou quando uma classe tentou se apropriar de um dos poucos patrimônios que transcendem – ou pelo menos harmonizam - a luta de classes, que é o esporte. Privatizaram o Maracanã, expulsaram os índios que viviam ao entorno do estádio, sumiram com o Amarildo, removeram favelas, realizaram chacinas, e, como a cereja do bolo, a polícia bateu 'com vontade' nos manifestantes que decidiram se manifestar mostrando o quanto essa história estava errada para a maioria.

domingo, 28 de julho de 2013

Rio, cidade maravilhosa somente para os ricos

Bruno Pizzi, Carlos Serrano e André Vieira
militantes da Base SEPE/ SINPRO do PCB-RJ
julho de 2013

Nós, moradores do Rio de Janeiro temos observado as inúmeras transformações de nossa cidade. Nos jornais se diz que a copa do mundo, as olimpíadas e as UPP’s vão melhorar a vida de todos criando um "Rio de paz", "resgatando a cidadania", "modernizando", trazendo "qualidade de vida" e recuperando "o orgulho de ser carioca". Mas será que isso é verdade?

Vivemos numa cidade de remoções. Favelas são destruídas à força por Eduardo Paes e Sérgio Cabral para abrir caminho às obras da copa do mundo e das olimpíadas. As empreiteiras lucram milhões com estas construções. Os altos custos da moradia tornam inviáveis o sonho da casa própria ou mesmo o pagamento do aluguel aumentando cada vez mais a distância entre a casa e o trabalho.

Vivemos numa cidade sem transportes de qualidade e com péssimo trânsito. Nosso deslocamento na cidade é muito comprometido devido ao caos no trânsito, péssimos serviços oferecidos pelas empresas de transporte, tudo isso junto com o aumento recente de preços das barcas e do metrô e dos ônibus. Além disso, em vez de termos transportes gratuitos e de qualidade, nosso deslocamento é controlado por apenas quatro famílias que possuem influência direta nos políticos para garantir o seus lucros.

Vivemos numa cidade onde a situação dos hospitais públicos se torna cada vez pior. A empresa hospitalar Rio-saúde e a empresa brasileira de serviços hospitalares (EBSERH) são projetos do governo que retiram dos hospitais de nossa cidade toda responsabilidade de gerência de seus espaços, entregando o dinheiro público da administração dos hospitais para empresas privadas.

Vivemos numa cidade com a educação totalmente sucateada. A rede pública de ensino tem sido fortemente golpeada com baixos salários, imposição de modelo de competição entre os professores com prêmio àqueles que cumprem metas dadas pelo governo e até, numa atitude de completo desrespeito com os trabalhadores da educação, a distribuição de jogos como "Banco Imobiliário", como propaganda de venda da cidade e formação de "crianças empreendedoras" nas escolas. A Escola Friedenreich é o exemplo claro desse verdadeiro jogo. Atualmente ela é ameaçada de ser destruída em função das obras para a Copa e as Olimpíadas. Na rede privada, principalmente nas Universidades, os professores vão de mal a pior! Sem pagar salários por três meses, os donos dessas empresa de educação tem tentado negociar com cada professor, negando qualquer conversa com o sindicato da categoria. Recentemente, a Comissão parlamentar de inquérito (CPI) das universidade privadas descreveu, em seu relatório final, que a universidade Estácio de Sá teve valorização de 84,7% e o grupo Anhanguera de 62,1% em 2012. O que é completamente contraditório com o não pagamento dos salários dos professores dessas mesmas instituições.

A truculência policial é cada vez maior. Somente neste ano, o governo de Eduardo Paes investiu 3 milhões de reais em armas não-letais (pistolas elétricas, carabinas com balas de borracha, spray de pimenta, gás lacrimogênio e granadas de luz e som). Elas estão sendo distribuídas para as 17 UPP's espalhadas por todo o Rio de Janeiro. A polícia é tão aparelhada quanto direcionada para impedir qualquer tipo de manifestação de nossos interesses.

Enfim, onde está o dinheiro público arrecadado com nossos impostos para moradias, saúde e educação? Se os governos aplicam esse dinheiro para construções que não nos favorecessem, fica claro que cada vez mais a cidade se torna acessível somente para os ricos.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Beltrame e sua hora mais escura

Pelo Secretariado Regional
26/ 07/ 2013

À medida que avança a crise política no governo do Estado do Rio de Janeiro, mais o delegado federal José Mariano Beltrame desvela sua face fascista.

Nesta terça-feira, em seminário na Fundação Getúlio Vargas, afirmou: "um tiro em Copacabana é uma coisa. Um tiro na Coréia (periferia) é outra". Como já é lugar comum, foi contestado publicamente pela representante da OAB.

A declaração de Beltrame nada mais é do que a reafirmação do seu caráter truculento, revelado em edição do jornal Folha de São Paulo, de outubro de 2007, quando ainda estava em gestação a ideia da UPP. Leiam só o que já falava Beltrame àquela época: "o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou ontem que os traficantes estão transferindo seus armamentos para favelas da zona sul da cidade...É difícil a polícia ali entrar, porque um tiro em Copacabana é uma coisa. Um tiro na Coréia, no Complexo do Alemão, é outra... O secretário disse que a aproximação entre as favelas e as 'janelas da classe média' não vai evitar que a polícia realize operações nesses locais, mas será necessário ter uma análise de critério muito grande..."

Na semana passada, morreram 13 pessoas nas favelas da Coréia e Taquaral, em Senador Camará, entre elas uma criança. Beltrame, ainda na FGV, ao comentar o fato, falou que também foi usada a inteligência policial, porém "... a Polícia Federal prende sem dar um tiro porque prende a elite. O cliente da PF é outro". Só faltou dizer que "nosso" cliente - isto é os clientes dele - merecem o tratamento do tiro, da correria, do terror do BOPE.

Nós, os comunistas do Partido Comunista Brasileiro, reafirmamos que a política de segurança pública do Estado brasileiro, e em particular no Rio de Janeiro, reflete a truculência do capitalismo brasileiro que, ao ver se aproximar a crise que assola o epicentro do capitalismo europeu, reage da forma que acha mais apropriada, isto é, como no passado, a questão social é um caso de polícia.

Quanto ao tráfico de drogas, o Estado brasileiro, mostrando que escolheu definitivamente defender os interesses de sua burguesia, trata de forma diferente o mesmo tipo de crime: para a chamada classe média e para os ricos, uma "análise de critério muito grande", para os moradores das favelas e da periferia, a mão pesada do BOPE.

Nós, os comunistas, analisando a realidade do que ocorre neste momento no Estado do Rio de Janeiro, conclamamos os partidos de esquerda, os movimentos sociais, todos os que acreditam, apesar de suas limitações, no Estado Democrático de Direito, a denunciar o traço de classe nas declarações insultuosas de Beltrame, exigindo que ele se retrate e pare com as ações violentas contra o povo trabalhador das favelas e da periferia do Rio de Janeiro.

POR UMA FRENTE ANTI-CAPITALISTA !
PELO PODER POPULAR !
PELA DESMILITARIZAÇÃO DA PM !

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Cabral, terrorista de Estado

Pela Comissão Política Regional
julho de 2013

Nas últimas horas, a população do Rio de Janeiro se viu tomada pela aceleração do processo terrorista comandado pelo governador Cabral, assessorado diretamente pela sua equipe de (in)segurança pública.

Como se já não bastassem o desaparecimento do pedreiro Amarildo, "sumido" pela UPP de Cabral/ Beltrame na Rocinha, e do tratamento "diferenciado" dado aos chamados "baderneiros do Leblon", mais dois episódios, protagonizados pelo governo fascista de Cabral, mostram ao povo do Estado do Rio de Janeiro que temos que dar um basta à onda de militarização que nos assalta.

O sequestro do sociólogo Paulo Baía, no Aterro do Flamengo, ameaçado por seus algozes de represálias, caso continue citando a PM em suas entrevistas, e a "denúncia" do governador quanto a ações internacionais que estariam por trás das recentes manifestações contra seu "governo", revelam o desespero das forças da repressão, já revelado na raivosa entrevista do comandante da PM, com claras ameaças às manifestações pacíficas que os partidos políticos de esquerda, movimentos sociais e grupos independentes realizam contra o estado em que se encontram os transportes públicos, a saúde, a educação, a habitação no Rio de Janeiro.

Nós, do Partido Comunista Brasileiro, continuaremos nas ruas, com nossas faixas e bandeiras, que simbolizam o anúncio de uma nova sociedade, em que a barbárie capitalista seja substituída pela igualdade social, por transporte público estatizado e gratuito, por uma saúde pública desprivatizada, por uma educação pública de qualidade, pela desmilitarização da Polícia Militar, uma aberração que não se justifica dentro de um estado democrático.

PELO PODER POPULAR!
PELA DESMILITARIZAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

A cidade do Rio de Janeiro sob o terror do Estado

Pelo Secretariado Regional
19/ 07/ 2013

Nos últimos dias a cidade do Rio de Janeiro assistiu a demonstrações claras de práticas fascistas, vindas diretamente do governo Cabral e de sua Polícia Militar. Em ambos os casos, predominou a hipocrisia, misturada a ameaças, essas últimas feitas diretamente pelo comandante da PM.

Na Rocinha, desde sábado, está desaparecido um trabalhador, Amarildo, de 49 anos, cuja prisão fora efetuada momentos antes pela corporação que, teoricamente, deveria protegê-lo: a toda propagandeada PM da UPP. A população daquela comunidade protestou de forma pacífica, pedindo que seja dada uma resposta sobre o paradeiro de Amarildo. A resposta da polícia se repete nesse como em todos os casos onde estão envolvidos trabalhadores vítimas da violência policial: havia suspeita de que o Amarildo estivesse envolvido com o tráfico de drogas, vai daí...

Na 4ª Feira (17), manifestantes, pacificamente, protestaram, mais uma vez, na porta da casa do governador, exigindo que ele pare com os desmandos em sua administração, gastando dinheiro público para utilizar helicópteros do Estado em deslocamentos dele e de seus familiares, inclusive do cãozinho de estimação, e deixando à míngua os hospitais públicos, os colégios estaduais, e entregue o transporte público às gangues das barcas, dos trens e do metrô.

A manifestação terminou de forma violenta, com repressão policial e onda de saques no comércio da região.

Enquanto os manifestantes eram presos e detidos, os "vândalos" agiam à vontade. Claramente, a PM, sob comando do governador e do Cel. Erir, se omite propositalmente para justificar futuras truculências, a pretexto de estar protegendo a propriedade privada.

Denunciamos, assim, um esquema fascista em nosso Estado, e em particular na cidade do Rio de Janeiro, no sentido de criminalizar o fato político de se denunciar as falcatruas do governador. Cabral faz parte do aprofundamento do sistema capitalista em nosso país, iniciado pelo governo FHC, e levado às últimas consequências pelos governos petistas de Lula e Dilma.

A questão da repressão aos manifestantes é mais grave do que simplórios discursos que colocam frente à frente manifestação pacífica versus "baderneiros". A baderna está sendo estimulada pelo Estado, para que depois venha o discurso do “choque de ordem”, tão a gosto do capitalismo, quando não consegue mais resolver suas contradições.

Por isso, nós, do PCB, denunciamos a entrevista coletiva do governador e de sua equipe de segurança como uma tentativa de intimidar aqueles que pretendem expulsá-lo, politicamente, da vida do Estado do Rio de Janeiro.

Nós, os comunistas, continuaremos nas ruas, enfrentando a violência de uma PM totalmente despreparada para o jogo político democrático, enfrentando a aliança PMDB/ PT que representa o capitalismo em seu estado mais bruto, a barbárie.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Nota do PCB-RJ sobre o aumento das passagens

Pela Comissão Política Regional
junho de 2013

O Partido Comunista Brasileiro nacionalmente vem somando esforços militantes na construção da luta contra o aumento das passagens no transporte público. Nossa atuação não somente denuncia o absurdo do aumento de um serviço mal prestado à população, como denuncia e busca mobilizar em torno de um debate mais amplo, que precisa ser assumido pela classe trabalhadora, sobre a natureza do transporte público no Brasil. Nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo as manifestações ganharam aspectos de revolta popular, onde a população, os trabalhadores e os estudantes juntam-se na luta e nas mobilizações.

O PCB no Rio de Janeiro somou esforços militantes nas manifestações de segunda e quinta-feira da última semana (10 e 13/ 06), onde denuncia o aumento e todo o caos do transporte público, bem como a truculência de uma polícia que representa a fascistização do Estado. A brutal repressão por parte da polícia caracteriza bem a política dos governantes para com a população, quando essa se mobiliza em defesa de seus direitos.

O PCB-RJ vem a público denunciar as práticas de repressão brutal por parte do governo estadual de Sérgio Cabral, práticas essas que se alinham com as repressões desencadeadas pelas polícias e pelos governos, em suas várias esferas, municipais, estadual e federal, que procuram garantir o Estado voltado aos interesses das grandes elites e seguro para os grandes eventos e empreendimentos do capital. O PCB-RJ convoca os trabalhadores, os estudantes e todo o conjunto da população para um estado de mobilização permanente contra a truculência e repressão da polícia, contra os abusos da política de segurança, contra os abusivos aumentos de passagens.

Todos aos atos contra o aumento das passagens – Mobilização Permanente.

Pela Construção do Poder Popular – Rumo ao Socialismo.

Comissão Política
PCB-RJ
17/ 06/ 2013

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Seminário sobre Palestina reúne 400 pessoas em Volta Redonda


Pelo Comitê Municipal de Volta Redonda

Foi um sucesso total o Seminário Palestina, História, Fatos e Fotos, ocorrido em 16 de maio no auditório da UFF/campus Vila Santa Cecília, em Volta Redonda/RJ, organizado pelo Grupo de Estudos Palestina Sul Fluminense.

Cumpriu o objetivo de propiciar informações qualificadas sobre a questão palestina ao público que compareceu e que acompanhou as explanações dos Palestrantes, com muita atenção. Os palestrantes foram Amir Ubaid, descendente de palestino que reside em Volta Redonda/RJ e membro do Grupo de Estudos Palestina Sul Fluminense e Nader Alves Bujah, Bacharel em Direito e especialista em Direito Internacional, também descendente de palestino, que morou na Palestina durante 15 anos e que reside, atualmente, em Porto Alegre/RS.

O Seminário contou com a grande presença de estudantes e educadores, além de ativistas de movimentos sociais, líderanças reliosas e artistas da cidade. Os organizadores estimam a participação aproximada de 400 pessoas no evento, o que atestou o interesse que o assunto desperta entre os brasileiros e a importância do apoio ao Povo Palestino. O PCB de Volta Redonda participou ativamente da organização do seminário, que contou também com o apoio da Unidade Classista, do SEPE, Sinpro, Coletivo de Mulheres Ana Montenegro e do Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino/RJ.

O Seminário foi precedido, no dia 15, de atividade de rua que lembrou os 65 anos da luta e resistência do povo árabe contra a NAKBA - A TRAGÉDIA, iniciada a partir da criação do Estado de Israel e que prossegue até os dias de hoje. Outras atividades, ainda nesse ano, serão realizadas, dando continuidade ao trabalho iniciado com a realização desse Seminário em Volta Redonda.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Pula, sai do chão, contra o aumento do busão! Juventude mostra sua cara em Teresópolis


Do blog do Comitê Municipal de Teresópolis
21/ 05/ 2013

O Movimento Contra o Aumento da Passagem e pela mobilidade urbana organizou ontem à noite uma passeata da Praça Olímpica até a Câmara de Vereadores, em protesto contra o aumento das passagens de ônibus, que chegou a escandalosos R$2,90. De iniciativa popular, sua organização esteve a cargo da juventude teresopolitana, através dos estudantes secundaristas que estiveram na linha de frente, como o nosso camarada Luan Viana (primeiro plano a direita), e que contou com o apoio de militantes do PCB, UJC, PSOL e CONLUTAS.

Pelo caminho a manifestação encontrou a estagnação de alguns e o apoio de muitos. É bom ressaltar que o PCB durante as últimas eleições foi o único partido a defender a criação de uma autarquia municipal de transporte público, para romper assim com o monopólio privado do sistema de transporte de nossa cidade. É claro que os governos burgueses não tem compromisso com o povo, e sim para com os capitalistas que os colocaram no poder. Sendo assim, só a mobilização popular pode reverter este quadro de exploração. O Partido Comunista Brasileiro saúda os estudantes de Teresópolis que ergueram sua voz contra a exploração do capital.

terça-feira, 16 de abril de 2013

A guerra aos pobres e a política de “paz” para o empresariado no Rio de Janeiro

Luís Fernandes
Historiador e integrante da 
Coordenação Nacional da UJC

“Só havia um caminho para que vencêssemos a letargia que dominava o estado. Eike Batista teve uma participação especial. A iniciativa privada deve participar do processo da construção da paz”, disse o governador. O empresário bancou a construção das duas unidades. A da Fazendinha custou R$ 1,67 milhão, e a da Nova Brasília, R$ 1,189 milhão. Eike não compareceu à cerimônia, mas mandou um diretor da EBX representá-lo. Cabral também agradeceu ao exército, citando o nome do ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim – que ocupava o cargo na época da ocupação da comunidade – e destacou a “firmeza incrível” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas duas unidades da comunidade – que tem 40 mil moradores – vão trabalhar 660 agentes policiais.(1)

Candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT), o deputado Michel Temer (PMDB) disse ontem que o país é seguro para investimentos porque vive momento de “pacificação social” e segurança jurídica. Para exemplificar a teoria, afirmou que os “mais pobres” e os movimentos sociais estão “pacificados” e que a classe média não está inquieta. Temer participou ontem de almoço patrocinado pela Câmara Portuguesa de Comércio. A entidade convidou os candidatos à Presidência, mas Dilma mandou Temer, porque tinha outra agenda. “Falo de um Brasil internamente pacificado”, afirmou ele em sua apresentação. “Se os movimentos sociais não estiverem pacificados, se os setores políticos não estiverem pacificados, se os setores financeiros não estiverem pacificados, se aqueles mais pobres não estiverem pacificados, se os da classe média estiverem inquietos, isso gera uma insegurança que é prejudicial”, declarou Temer.(2)

Rio de Janeiro-Brasil, ano de 2013, cidade e país sede de grandes eventos atrativos de inúmeros investimentos nacionais e estrangeiros. Em especial, na capital fluminense, podemos afirmar com tranquilidade que nunca se acumularam tantos capitais, em espaço e tempo, como neste período. E o protagonista deste movimento? O Estado. Segundo o dossiê da candidatura do Rio para as Olimpíadas de 2016, 94,91% dos investimentos seriam de recurso público diretamente ou através de financiamentos. Com o passar do tempo, já podemos constatar a “transferência de renda” dos investimentos públicos para os monopólios privados, via as diversas formas de políticas privatistas que assolam desde áreas estratégicas da economia fluminense e brasileira como o petróleo, até serviços sociais básicos como saúde, esporte, cultura, educação, previdência, etc.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Selvageria capitalista em tempos de colonização do outro Cabral: como recomeçar (mais uma vez)?

Rodrigo Castelo
militante da Base ANDES/ FASUBRA
do PCB-RJ
abril/ 2013

"Se, então, fomos batidos, não temos outra coisa a fazer
senão começar de novo desde o princípio"
(Friedrich Engels)

Em 1851, sob as brasas das lutas revolucionárias e contrarrevolucionárias da Primavera dos Povos que ardiam em toda a Europa, Friedrich Engels escreveu, no jornal New York Daily Tribune, algumas linhas que podem servir para algumas reflexões dos militantes cariocas e fluminenses: “Não se pode imaginar uma derrota mais assinalável do que a sofrida pelo partido – ou antes: partidos – revolucionário continental em todos os pontos da linha de batalha. Mas, e daí? A luta das classes médias britânicas pela sua supremacia social e política não abarcou 48 anos e a das classes médias francesas 40 anos de lutas sem exemplo? E esteve alguma vez o seu triunfo mais próximo do que no preciso momento em que a monarquia restaurada se julgou mais firmemente estabelecida do que nunca?”.

É possível que muitos concordem que estamos diante de um bloco social dominante que goza de uma sólida supremacia no Rio de Janeiro. No plano econômico, o estado é atualmente uma das principais fronteiras da acumulação capitalista nacional, recebendo investimentos na casa da centena de bilhões de dólares nos setores de energia, infraestrutura, turismo/entretenimento, metal-mecânico e siderúrgico, dentre outros. A Cidade Maravilhosa foi escolhida como palco de megaeventos de entretenimento e de esportes, gerando um dinamismo para setores da burguesia local e internacional. Não é à toa que um dos principais empresários da lista dos mais ricos da revista Forbes, Eike Batista, seja um residente da cidade.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O PCB/ RJ apoia Freixo na presidência da Comissão de Direitos Humanos da ALERJ

Pela Comissão Política Regional
fevereiro/ 2013

A atuação do Deputado Estadual Marcelo Freixo à frente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro tem sido exemplar. Freixo enfrentou corajosamente todo tipo de dificuldades para levar adiante a apuração de denúncias de corrupção e de combate ao crime organizado, às milícias e outras formas de opressão, fazendo da CDH da ALERJ um bastião em defesa da cidadania em seu sentido mais profundo, o do respeito aos direitos de todos, dos trabalhadores, da população mais pobre e desassistida, apesar das limitações inerentes ao institucionalismo burguês, do qual a mesma ALERJ é expressão.

O Partido Comunista Brasileiro soma-se a todos os democratas, socialistas, a todos os que lutam por justiça social a manifestarem seu pleno apoio à permanência do Deputado Marcelo Freixo à frente dessa Comissão.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A Saúde na UTI

Pela Comissão Política Regional
janeiro/ 2013

O recente episódio da morte de uma criança no Hospital Salgado Filho – atribuída à falta de atendimento em função da ausência, no horário de plantão previsto, de um nerocirurgião –, gerou diversas manifestações de protesto e, mais uma vez, ao diagnóstico de que quem está na UTI é o sistema de Saúde.

É indubitável que a falta do profissional foi grave. É igualmente inaceitável que o mesmo profissional, ao que tudo indica, tenha forjado assinaturas de ponto em noites em que esteve, também, ausente. Nem mesmo os baixos salários pagos aos profissionais do setor justificam esta atitude.

No entanto, há outros pontos a considerar: o primeiro elemento é a constatação de que houve falha do sistema, que prevê a transferência de pacientes em estado grave, com risco iminente de vida, para outra unidade hospitalar, com máxima prioridade, no caso de não haver médicos especializados na área necessária ou falta de equipamentos, o que não foi feito pelo chefe do plantão, na ocasião do ocorrido, tendo a menina sido atendida 8 horas após ter dado entrada no hospital.

O segundo elemento é a precariedade do sistema público de saúde no Rio de Janeiro, reconhecida até mesmo pelo Ministério da Saúde. Nesse sentido, tem razão o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Dr. Jorge Darze, ao caracterizar a atribuição da culpa do ocorrido à falta do médico como a escolha de um “bode expiatório” para a questão da Saúde.

Além dos baixos salários dos médicos e demais profissionais de saúde, é de conhecimento público que as condições de trabalho estão cada vez mais precárias, que a rede de ambulatórios é insuficiente. E a população sente na própria pele que a solução dos planos privados não resolve o problema, uma vez que estão cada vez mais caros e apresentam um quadro de lotação de salas de espera e saída de profissionais, que alegam que o que recebem pelas consultas não compensa o trabalho. Por sua natureza de empresa privada, que visa o lucro, a tendência é de que sejam disponibilizados aos usuários dos planos os procedimentos e exames mais caros, em detrimento das ações de prevenção e do tratamento ambulatorial regular. Capitalismo e Saúde não combinam.

A defesa da vida e da boa qualidade de vida exige um sistema de saúde público, gratuito, de qualidade, de acesso universal. Para isso, é necessária maior dotação orçamentária, concursos públicos para a contratação de mais profissionais, melhores salários, unidades bem equipadas, ações integradas com a habitação, assistência social, previdência, apontando para a superação do sistema capitalista. O momento é de mobilizar os trabalhadores, a maioria da população, para esta luta.

As chuvas de verão, os governos e as classes sociais

Pela Comissão Política Regional
janeiro/ 2013

Início de 2013. A cena se repete: chuvas fortes, enchentes, enxurradas, desabamentos, mortes. As áreas mais atingidas, como de costume, são, em sua maioria, aquelas usadas para moradia nas encostas e nas margens nos rios e canais próximas ao centro das cidades, áreas ocupadas, no caso geral, por famílias de baixa renda. Bairros pobres de cidades localizadas em regiões de baixada, como Caxias, no Grande Rio, são outras onde a catástrofe acontece com mais freqüência.

As manchetes dos jornais também se repetem: “Chuvas matam no Rio”, Desabam casas construídas em áreas inadequadas” etc. A desfaçatez é repugnante, pois fica clara a intenção de atribuir-se a culpa da tragédia à Natureza ou à ignorância da população pobre. Mais uma vez, também noticia-se que as verbas repassadas aos municípios para a realização de obras de prevenção não foram utilizadas, quando não foram, simplesmente, desviadas. E, mais ainda, é notória a ausência de planos de contingência, de ações integradas do aparelho de Estado para o enfrentamento das situações de crise.

Além da incompetência das autoridades está o fato de que os governos conservadores, que representam os as camadas mais abastadas da sociedade, não têm interesse em atacar os problemas de fundo por trás das tragédias desse tipo, pois afinal, trata-se de pobres. Não interessa construir bairros populares com toda a infraestrutura, não interessa expandir as redes de saúde e escolar, os equipamentos urbanos para o conjunto das cidades, não interessa construir uma rede de transportes baratos e eficientes para a maioria da população.

Para as classes abastadas, que podem comprar suas moradias nas áreas nobres, para os capitalistas do setor imobiliário, que vivem da especulação, não há interesse em implantar-se um planejamento urbano com a participação direta da população.

As chuvas caem sobre todos, mas a tragédia gerada não se deve a elas, mas sim à divisão da sociedade em classes e aos governos que representam, na maioria dos casos, os interesses dos ricos.

Para mudar este quadro, os trabalhadores, a sociedade organizada devem fazer a denúncia das reais causas da tragédia e mobilizar-se para avançar na luta pelo aumento dos gastos sociais, pelo planejamento urbano com a participação de todos, pela igualdade social, para a construção de um novo poder político que represente a maioria, a classe trabalhadora, tendo como objetivo a construção de uma sociedade socialista.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Nova Friburgo dois anos depois da tragédia: o descaso continua

Pelo Comitê Municipal de Nova Friburgo
(Base Francisco Bravo)
janeiro/ 2013

Passados dois anos da maior tragédia climática da história do país, Nova Friburgo, palco principal do drama, segue ainda devastada. Se, por um lado, algumas das feridas abertas no triste 12 de janeiro de 2011 podem ser fechadas, outras tantas ainda sangram no cotidiano da cidade serrana.

Enquanto o centro da cidade é “maquiado”, tentando dar aos friburguenses uma falsa sensação de segurança e tranquilidade, a classe trabalhadora, maior vítima da tragédia e do descaso político, segue vendo suas comunidades abandonadas pelo poder público. Nos bairros periféricos – os mais violentados pela tragédia –, encostas continuam ameaçadoras, ruas continuam esburacadas, casas continuam condenadas e a população continua em risco. Sem a entrega das casas populares e, quando muito, recebendo o insuficiente aluguel social, inúmeras famílias continuam sem ter onde morar e outras tantas, sem opção, arriscam-se vivendo amedrontadas pelas chuvas em áreas de perigo iminente.

Os milhões de reais que chegaram à cidade, vindos dos governos federal e estadual, encheram os bolsos das empreiteiras e de alguns poucos políticos, mas não ergueram uma única casa para uma única família necessitada. Décadas de cumplicidade do poder público com os interesses da especulação imobiliária e da ocupação desordenada do solo trouxeram lucros para poucos e desgraça para muitos.

Entretanto, se passado e presente, terríveis, apontam para um futuro sofrido, nós, trabalhadores, revoltados com o descaso do poder público, temos o dever de nos levantar em favor de todos os atingidos pelas tragédias passadas! Devemos exigir dignidade aos que estão vivos e seguem sofrendo no dia-a-dia, todos os dias, a dor de suas perdas. Somente um movimento amplo e a união da sociedade civil organizada em torno desta causa podem decretar e direcionar os rumos da cidade para o que deve ser um futuro digno e seguro a todos os que sofreram e ainda sofrem por causa das chuvas.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Petrópolis: balanço de atividades em 2012

Pelo Comitê Municipal de Petrópolis
10/ 01/ 2013

2012 marcou a reorganização do PCB em Petrópolis. Partindo do núcleo que manteve vivo o Partido na cidade nos últimos anos e impulsionado pelas resoluções do último Congresso, o coletivo partidário soube conciliar uma organização incipiente com o vulto das tarefas que se colocaram como inadiáveis. Desta forma o Partido passou a ter vida orgânica e se pronunciar em todos os fóruns onde fosse possível defender nossas propostas. Ainda que de maneira tímida, por conta das restrições impostas pela ação do capital, ocupamos espaços na imprensa nos pronunciando sobre temas candentes do interesse da classe trabalhadora e promovemos atividades que deram visibilidade ao PCB, sobretudo quando das comemorações dos 90 anos do Partido e durante o processo eleitoral.

Mesmo não apresentando candidatos ou coligando-se com outras forças (por uma série de motivos), o PCB não deixou de participar do processo, indo às ruas denunciar o verdadeiro caráter das eleições burguesas ao mesmo tempo que apresentava propostas para a edificação duma nova sociedade. O saldo foi bastante positivo dada a receptividade que tivemos, sobretudo entre a juventude, de modo que descortina-se 2013 com um amplo leque de oportunidades para o Partido crescer orgânica e qualitativamente e se fazer cada vez mais presente nos movimentos populares, junto à classe trabalhadora e à juventude.

Importante papel coube à Imprensa Popular, o qual se configurou como instrumento fundamental não só para o sucesso das atividades que desenvolvemos, como também para o recrutamento. Sua distribuição foi implementada com êxito, inicialmente entre a militância e simpatizantes. O próximo passo será veiculá-lo nas bancas de jornais e entidades de classe.

Por fim, a fundação da Unidade Classista veio ao encontro da necessidade de instrumentalizarmos nossa inserção no meio sindical. A boa aceitação dos seus primeiros documentos por sindicalistas e trabalhadores atesta o acerto do PCB em criar este importante instrumento de organização e luta da classe trabalhadora. Neste sentido, sua organização no município, bem como da UJC pelas mesmas razões, colocam-se como tarefas principais dos comunistas petropolitanos para 2013.