Luís Fernandes
Historiador e integrante da
Coordenação Nacional da UJC
“Só havia um caminho para que vencêssemos a letargia que dominava o estado. Eike Batista teve uma participação especial. A iniciativa privada deve participar do processo da construção da paz”, disse o governador. O empresário bancou a construção das duas unidades. A da Fazendinha custou R$ 1,67 milhão, e a da Nova Brasília, R$ 1,189 milhão. Eike não compareceu à cerimônia, mas mandou um diretor da EBX representá-lo. Cabral também agradeceu ao exército, citando o nome do ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim – que ocupava o cargo na época da ocupação da comunidade – e destacou a “firmeza incrível” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas duas unidades da comunidade – que tem 40 mil moradores – vão trabalhar 660 agentes policiais.” (1)
“Candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT), o deputado Michel Temer (PMDB) disse ontem que o país é seguro para investimentos porque vive momento de “pacificação social” e segurança jurídica. Para exemplificar a teoria, afirmou que os “mais pobres” e os movimentos sociais estão “pacificados” e que a classe média não está inquieta. Temer participou ontem de almoço patrocinado pela Câmara Portuguesa de Comércio. A entidade convidou os candidatos à Presidência, mas Dilma mandou Temer, porque tinha outra agenda. “Falo de um Brasil internamente pacificado”, afirmou ele em sua apresentação. “Se os movimentos sociais não estiverem pacificados, se os setores políticos não estiverem pacificados, se os setores financeiros não estiverem pacificados, se aqueles mais pobres não estiverem pacificados, se os da classe média estiverem inquietos, isso gera uma insegurança que é prejudicial”, declarou Temer.” (2)
Rio de Janeiro-Brasil, ano de 2013, cidade e país sede de grandes eventos atrativos de inúmeros investimentos nacionais e estrangeiros. Em especial, na capital fluminense, podemos afirmar com tranquilidade que nunca se acumularam tantos capitais, em espaço e tempo, como neste período. E o protagonista deste movimento? O Estado. Segundo o dossiê da candidatura do Rio para as Olimpíadas de 2016, 94,91% dos investimentos seriam de recurso público diretamente ou através de financiamentos. Com o passar do tempo, já podemos constatar a “transferência de renda” dos investimentos públicos para os monopólios privados, via as diversas formas de políticas privatistas que assolam desde áreas estratégicas da economia fluminense e brasileira como o petróleo, até serviços sociais básicos como saúde, esporte, cultura, educação, previdência, etc.